Com a exibição do documentário Labirinto de Papel, dos diretores André Araújo e Roberto Giovannetti, produzido em 2014, acontece neste sábado, 29 de maio, o quinto encontro deste semestre, do Curso de Extensão em Filosofia Literatura e Cinema realizado pela Apug, em parceria com os cursos de Direito, Psicologia, Educação Física, Letras e Pedagogia da Universidade Unirg.
Desde o início da pandemia o curso está sendo realizado online, pela plataforma Google Meet, que é disponibilizado nos banner’s de divulgação e enviado às 19 horas, meia hora antes do início de cada encontro. O curso pode ser acompanhado pela rádio Apug pelo site www.apugssind.com.br, pelo aplicativo apug na Rádios Net ou ainda no youtube apug ssind e facebook apugssind, e
Na edição deste sábado, o quinto e penúltimo do semestre, será exibido o filme “Labirinto de Papel”, um curta metragem resultado do projeto Memória, Verdade e Justiça no Tocantins, do Centro de Direitos Humanos de Palmas, realizado com recursos do edital Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, em 2014.
O documentário mostra a busca de pesquisadores por documentos e relatos de casos de violação de direitos humanos que aconteceram no Tocantins, durante o período da Ditadura Militar. Os pesquisadores foram atrás de relatos em diferentes municípios do Estado como Xambioá, Tocantinópolis, Araguaína, Pedro Afonso, Guaraí, Paraiso, Dianópolis, Natividade e Porto Nacional, não ficando restrito aos casos mais conhecidos ocorridos na Guerrilha do Araguaia.
Segundo André Araújo que além de dirigir, foi responsável pela produção executiva e pela montagem do curta, Labirinto de Papel traz uma nova proposta na maneira de tratar o tema da Ditatura e de realizar o audiovisual no Estado. A Linguagem utilizada busca se aproximar do público mais jovem, que muitas vezes está distante desse tema.
O documentário tem 28 minutos e levou cerca de 1 ano para ser concluído. Além de percorrer cidades do Tocantins, a equipe do curta passou por São Paulo e Rio de Janeiro. Ele contou o trabalho de pesquisa da professora de História Patrícia Sposito e dos estudantes Bruno Mendes, Lídio Neto e Maria Francisca Gomes da Universidade Federal do Tocantins. O curta traz ilustrações do Coletivo Cabrones e foi produzido pela SuperOito Produções Audiovisuais com direção de André Araújo e Roberto Giovannetti.
A mesa será conduzida pelo professor de Filosofia da Unirg, Rafael Silva Oliveira (Unirg), que faz parte da equipe da coordenação do curso de extensão.
Convidados:
Para debater o Trabalho Escravo na Região Norte foram convidados:
Luiza Helena Oliveira da Silva, mestre e doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Em 2013/2014, com bolsa CAPES, realizou na França estágio pós-doutoral em sociossemiótica sob supervisão de Eric Landowski. Desde 2005, é professora do Curso de Letras da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT). Na UFNT, coordena o ProfLetras – Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS) – e leciona no Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL). Além de suas pesquisas em semiótica aplicada ao ensino, desenvolve trabalhos relacionados à literatura produzida sobre a ditadura civil-militar no Brasil e a Guerrilha do Araguaia.
Evandro Costa de Medeiros: professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, pedagogo pela UFPA, mestre em educação pela UFSC, doutor em educação pela UFPB, pesquisador e militante da Educação Popular e Educação do Campo, com pesquisas sobre a Escola Florestan Fernandes do MST, Redes Epistêmicas em Educação do Campo e experiência em coordenação pedagógica de projetos de cursos PRONERA, documentarista, diretor do filme Araguaia Campo Sagrado, sobre a Guerrilha do Araguaia e idealizador do Festival Internacional Amazônica de Cinema de Fronteira – CINEFRONT.
O professor Rafael Silva Oliveira, coordenador da mesa, também convidou alguns personagens que participaram da produção e realização do filme, além de professores e professoras do Curso de Doutorado da UFT, que confirmaram presença e deverão participar do debate sobre a ditadura na região norte.
Histórico
O Curso de Extensão FILOSOFIA, LITERATURA e CINEMA, com 12 anos de duração, idealizado pelo professor José Carlos de Freitas, quando foi presidente da seção sindical Apug-Ssind entre 2011 a 2013, está abordando até dezembro de 2022, temáticas da Região Norte do Brasil e, por isto, subintitula-se NORTIDADES BRASILEIRAS. Em cada semestre, o participante receberá um Certificado de 30 horas que poderão ser contabilizadas por acadêmicos e alunos do Ensino Médio como Atividades Extracurriculares, além, é claro, de cumprir sua finalidade principal: a de possibilitar reflexões através da Arte.
O Curso é destinado a qualquer pessoa da comunidade acadêmica e estudantil da cidade de Gurupi e cidades vizinhas ou de qualquer estado brasileiro. Quem estiver interessado, pode convidar companheiro ou companheira, filhos, amigos, pais para participar e debater a Filosofia na Literatura e no Cinema, por meio das exibições dos filmes temáticos.
Cada Etapa é composta de SEIS ENCONTROS, seguindo a metodologia: 1) Apresentação das credenciais do filme; 2) Assistência ao filme; 3) Mesa de falas composta de três ou mais professores da UnirG e de outras IES e convidados especiais; 4) Debate livre. Como está sendo realizado remotamente, devido a pandemia, o número de vagas ofertadas são ilimitadas, conforme o limite de participação no MEET.
Já passaram pelo Curso de Extensão em Filosofia, Literatura e Cinema, mais de 1200 pessoas, entre acadêmicos, professores, alunos da Rede Pública do Estado e do Município, além de convidados que reforçaram e abrilhantaram os debates pós exibição.
Fonte: Ascom/Apug-ssind
